Projeto de extensão ''YBIPITANGA'' do curso de Arquitetura e Urbanismo
YBIPITANGA é um projeto de extensão do curso de Arquitetura e Urbanismo do Câmpus Goiás da Universidade Federal de Goiás, com vistas a prestar serviços técnicos de arquitetura junto aos moradores de imóveis tombados em situação de vulnerabilidade social no município.
O Ybipitanga será um espaço de acolhimento das demandas por melhoria habitacional de moradores cujos imóveis fazem parte do conjunto urbano tombado, sendo que muitos deles ainda possuem arcabouço de técnicas construtivas vernaculares ou tradicionais, estrutura-se como um laboratório público de arquitetura vernacular e popular com atuação na área tombada da cidade de Goiás junto às famílias em situação de vulnerabilidade socioeconômica.
Segundo o Decreto-Lei 25/37, toda intervenção em patrimônio edificado deve ter autorização do IPHAN, que consiste no processo de análise e aprovação de documentação técnica específica. A concepção do Ybipitanga é alinhavada aos princípios estruturantes do Canteiro Modelo de Conservação, cujo norte encadeia princípios da preservação do patrimônio edificado à luz da Lei de Assistência Técnica - 11888/2008. De acordo com o Relatório Técnico Perfil socioeconômico de áreas urbanas tombadas pelo IPHAN, apresentado em 2018, o perfil de renda dos moradores da área tombada é baixo, sendo 77,7% com até 03 salários mínimos. Essa é uma fatia considerável da população que não tem acesso aos serviços técnicos especializados em arquitetura, urbanismo e preservação do patrimônio edificado.
O Ybipitanga se volta exatamente para essa demanda, prevendo realizar com a extensão universitária: projetos arquitetônicos de melhoria habitacional, de intervenções em bens culturais e de restauro; acompanhamento técnico de obras em qualquer nível; prestação de orientação técnica quanto aos serviços de obra, especificação de encargos, procedimentos e uso de materiais adequados às edificações; pesquisa, difusão e sensibilização quanto ao correto uso das técnicas construtivas vernaculares ou tradicionais; acompanhamento e mediação nos casos de regularização junto ao Iphan e Prefeitura Municipal de Goiás; sem deixar de interrelacionar e fomentar a pesquisa e o ensino, conformando o tripé estrutural da universidade pública.
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